Introdução:
Resident Evil: Operation Raccon City é
um jogo da famosa serie Resident Evil da Capcom, mas quem desenvolveu este jogo
foi a Slant Six Games. O jogo se passa entre os eventos de Resident Evil 2 e
Resident Evil 3, em Raccoon City, cujos moradores foram transformados em zumbis
depois do surto do T-Virus, uma arma biológica ilegalmente desenvolvida pela
companhia farmacêutica Umbrella Corporation.
O jogador assume o papel de um soldado
do Serviço de Segurança da Umbrella (U.S.S) que com uma equipe de mais 3
soldados tem a missão de destruir todas evidencias que ligam Umbrella ao
incidente em Raccoon City e eliminar qualquer sobrevivente.
São 6 personagens controláveis. O
jogador pode escolher um para controlar e outros 3 para ajuda-lo. Cada
personagem tem uma habilidade especial.
Vídeo enviado por TheMediaCows ao Youtube.
Análise:
Esta
análise é somente em relação ao modo de campanha off-line. Uma breve
explicação da jogabilidade. Mesmo sendo um jogo da serie RE, este jogo abandona
as características de sobrevivência para adotar elementos de shooter de ação,
significando uma jogabilidade mais dinâmica e ágil estilo a serie Gears Of War.
A proposta do jogo é interessante, mas acabou não correspondendo às
expectativas dos jogadores, se tornando a ovelha negra da serie.
No exato
momento em que é escolhido o modo campanha você pensa: Por que não tem um modo
cooperativo off-line? Chega a ser frustrante, uma coisa que já tinha dado certo
em RE5 e que já é bastante comum em jogos do estilo, não se encontra neste jogo
e não tem o porquê, já que em nenhum momento os personagens se separam na
historia. A falta de um co-op off-line com certeza desanimou muita gente.
Tudo bem
então, eu não posso jogar com um amigo no meu vídeo game, mas pelo menos tenho
3 personagens controlados pela maquina para me ajudar, certo? Errado. A IA dos
personagens é péssima, eles se limitam a te acompanhar o tempo inteiro, atirar
pra frente e te curar, se um inimigo passou por algum deles, o inimigo é seu. O
aliado não vai virar para atirar nele, mas tudo bem, mesmo se o aliado estiver
atirando no inimigo,ele ainda é seu porque seu aliado não vai matar o
inimigo. Frequentemente você irá presenciar atitudes estranhas, seus aliados golpeando
facadas no meio de um grupo de inimigos, correndo pra cima de minas e
explosivos e etc. Na hora dos mestres, você chega a pensar que só você
está atirando, porque o negocio deles é ficar passeando e morrendo pra qualquer
inimigo. Os inimigos são um pouco mais inteligentes, mas mesmo assim nada tão
brilhante. Não vou recriminar os zumbis, pois eles naturalmente são burros e
tudo que eles querem é se alimentar. Mas os spec ops. Meu Deus! De vez em
quando eles passam por você como se você não existisse, ficam parados em pé sem
nenhuma proteção e só começam a atirar depois q você já esta quase matando
eles. Eles também, não tem nenhuma percepção de que estão recebendo danos. Se
um spec ops estiver agachado e você conseguir atirar nele em alguma brecha ele
vai continuar no mesmo lugar tomando dano até morrer passivamente.
O gráfico
do jogo não é ruim, mas se comparados com seu antecessor RE5 que foi lançado em
2009 ele não evoluiu. A ambientação escura e sem iluminação dificultou na
contemplação dos detalhes. Tudo bem que o ambiente foi para dar um ar de
mistério, mas isso também dificultou na jogabilidade, tem hora que você
realmente não enxerga nada no jogo e acaba se orientando pelo mapa, caso sejam
corredores. Já em um cenário aberto mesmo sendo simples é transformado em um
labirinto e faz você perder bastante tempo explorando-o.
Screensshot retirada de um video de Youtube.
A mira do
jogo é imprecisa. Quando você acerta um inimigo ele não sofre nenhuma reação de
impacto ao receber um tiro, deixando o jogador em dúvida se ele realmente esta
atingindo o inimigo. Os movimentos do personagem são travados e lentos. Nos
jogos anteriores isso era aceitável, pois eles eram mais focados na estratégia
do que na ação, mas nesse jogo você sente que o personagem tinha que ser mais
ágil.
A função
de uma faca em um shooter dinâmico é para derrotar um inimigo de perto, pois é
complicado mirar e atirar em um inimigo muito próximo. Sendo assim ao atacar
com a faca o dano é maior e o jogador executa rapidamente o inimigo. Já em
RE:ORC não funciona bem assim, eu nem sei se aquilo pode ser chamado de faca, o
jogador tem que dar no mínimo umas 10 facadas para poder executar o inimigo e o
golpe da faca dificilmente quebra o ataque do inimigo, mas o golpe do inimigo
faz muito impacto no personagem, então caso o jogador tente ir no mano a mano
com um spec ops o jogador terá dificuldades de sair inteiro. O jogador descobre
já no começo do jogo que é mais vantagem arriscar em atirar no inimigo mesmo
eles estando perto do que usar a faca.
O botão
de interação foi mal implementado, com o mesmo botão você pega armas no chão,
revive aliados e abre portas. Isso traz bastante dor de cabeça. Por exemplo:
quando um aliado morre a arma que ele usa também cai, então a função entra em
conflito e tem hora que você é obrigado a pegar a arma para poder reviver o
aliado, o mesmo acontece caso tenha uma arma perto de uma porta.
A colisão
do jogo é uma coisa triste. De vez em quando ao tentar abrir uma porta a opção
não aparece. Então o jogador tem que recuar um pouco o personagem para aparecer
à opção. Pode ser uma coisa simples, mas quando você tem uma horda de zumbis e
spec ops atrás de você, não é uma coisa tão banal assim.
O
mecanismo de cobertura foi simplificado. O personagem pega cobertura só de
encostar-se a alguma parede ou mureta. Este sistema foi mal implementado. O
personagem pega cobertura sem jogador querer. Quando você realmente precisa se
proteger o sistema não funciona direito. Ao contrario do Gears não tem nenhuma
opção de trocar rapidamente de cobertura ou pular o obstáculo, limitando suas
ações.
O enredo
do jogo ficou muito fraco. Uma pessoa que nunca jogou outro jogo da serie não
vai entender nada. Você já começa o jogo no meio de uma missão sem muita
explicação. Existe algumas linhas de texto entre as missões, mas nada de mais.
Os personagens não são carismáticos, todos mascarados e sem personalidade.
Um ponto
positivo é o fato de cada personagem ter uma habilidade especial diferente e
ter alguns elementos de RPG no jogo.
Conclusão:
Se você
não é um fã nostálgico da série, o jogo acaba sendo só um jogo de tiro de
terceira pessoa limitado e cheio de bugs.
Mas há um
lado bom para os fãs mais antigos. Você vai reencontrar cenários épicos dos
jogos anteriores e também alguns personagens carismáticos que fez da serie o
que ela é hoje.
O jogo o
tempo inteiro da à impressão de que ele não foi testado e foi feito as pressas
pela quantidade de bugs, mas eu não recrimino a Capcom, pois com o anúncio de
Resident Evil 6 para outubro do mesmo ano, da pra entender o porque da pressa.
Resident Evil: Operation Raccoon City tem versões para Xbox 360, Play
Station 3 e PC.
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